Freguesia das Gândaras

É composta por oito lugares: Cume, Espinheiro, Fontaínhas, Moita, Olival, Papanata, Reguengo e Ribeira, tendo uma área de cerca de 1.010 ha, e uma população de cerca de 1600 habitantes. Sendo ainda tão jovem, possui já uma nova sede, sede esta que o anterior executivo da Junta de Freguesia, com muitos sacrifícios e com a preciosa ajuda da Câmara Municipal, conseguiu inaugurar no dia 03 de Julho de 2005, data em que prefaziam os quatro anos da sua criação. Foi também construído, na estrada do Cume, o Miradouro Manuel Vaz, local que merece ser visitado e de onde se pode apreciar uma maravilhosa vista da vila da Lousã tendo como fundo a serra com o mesmo nome.
Atravessada pelo rio Arouce, na margem esquerda do mesmo (a poente), situam-se apenas os lugares do Cume e do Espinheiro, lugares estes envolvidos pela zona florestal da freguesia e por alguma zona agrícola. Na margem direita, onde se encontram os restantes lugares, apenas existe zona agrícola.

O topónimo de “Gândaras” é o plural de gândara, “terreno arenoso”, fazendo assim alusão às características geológicas da povoação.
Para conhecer as suas origens é necessário recorrer à história da sua freguesia de origem, Lousã, onde são vários os vestígios que testemunham a presença remota do homem, datando alguns deles da época do domínio romano, como por exemplo telhas, tijolos, utensílios de vidro e metal, moedas, restos de calçada, etc..

No lugar do Espinheiro, junto à capela de Nossa Senhora do Desterro, local merecedor de uma visita e onde actualmente se situa o salão de festas daquele lugar, existia uma estalagem, que em tempos longínquos, servia de dormitório para as pessoas que viajavam na Estrada Real (estrada de ligação entre Foz de Arouce e o Espinhal), que passava cerca de 100 metros, para poente, estrada esta da qual ainda existe o seu traçado inicial, embora descontinuado, por força das novas vias de comunicação.

Há cerca de 50 anos, a população da freguesia vivia quase toda da agricultura, que era de minifúndio, e especialmente de subsistência, além da resinagem, actividade onde se ocupavam algumas famílias inteiras. Por essa altura, e porque a agricultura era a actividade predominante dos Gandarinhos, podia-se afirmar que era toda a região das Gândaras que “alimentava” a Lousã, já que o escoamento dos seus produtos como o milho, a batata, a ervilha, o centeio, o azeite, etc. era feito no mercado da Lousã, e também na venda “porta-a-porta”.

Actualmente a sua população exerce as mais diversas profissões, sendo que uma grande parte se encontra empregue nos serviços públicos, tendo muitos emigrado para vários países, e, outros ainda, escolhido outros concelhos à procura de melhores e mais rentáveis postos de trabalho. No entanto, há ainda quem, teimosamente, continue a tirar da agricultura o seu meio de subsistência.

Pelos terrenos da freguesia das Gândaras corre o Rio Arouce, também conhecido por Ribeira de S. João, onde, nas suas margens, existem locais aprazíveis ao lazer.